Vamos lá?
Onde eu estive todo esse tempo?
Sempre me procurando, achando que me achava
E me perdendo?
Qual rumo minha vida tomava?
Indo no rumo cômodo do vento.
No ritmo envolvente da maré.
Agora entendo.
Agora sei onde pega, sei o que é.
A vida não é apenas se deixar
levar.
Me agarrei tanto a objetivos incertos.
Coisas efêmeras
Que hoje, me parece que não
fazem mais tanto sentido
A essa “altura do campeonato”
Meu gerador de voltagem ainda
está ativo?
Qual troféu para buscar?
O que as pedras dizem sobre o meu
breve futuro?
Nesse relógio em que cada dia é
um dia a menos.
Pensar no amanhã é obscuro
Tudo pode mudar em um segundo.
Eu sinto o aroma das mudanças no
ar.
Não sei o que me espera
Nem o que vou encontrar
Perco a referência
Me perco em mim mesmo
E não consigo mais me encontrar
Alguém me dê a mão
Acenda uma vela
Aqueça meu coração
Me cante uma música.
Estou perdido em uma viela
No meu universo de confusão
Me leve pro céu
Me recolha do chão.
Me abrace e não diga nada
Passe a mão em meu rosto
Feche meus olhos
Me acompanhe na minha despedida.
Daqui a pouco, meu Sol vai parar de raiar.
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