Verso Danielano de sexta-feira

 Vamos lá?


Onde eu estive todo esse tempo?

Sempre me procurando, achando que me achava

E me perdendo?

Qual rumo minha vida tomava?

Indo no rumo cômodo do vento.

No ritmo envolvente da maré.

Agora entendo.

Agora sei onde pega, sei o que é.

A vida não é apenas se deixar levar.

Me agarrei tanto a objetivos incertos.

Coisas efêmeras

Que hoje, me parece que não fazem mais tanto sentido

A essa “altura do campeonato”

Meu gerador de voltagem ainda está ativo?

Qual troféu para buscar?

O que as pedras dizem sobre o meu breve futuro?

Nesse relógio em que cada dia é um dia a menos.

Pensar no amanhã é obscuro

Tudo pode mudar em um segundo.

Eu sinto o aroma das mudanças no ar.

Não sei o que me espera

Nem o que vou encontrar

Perco a referência

Me perco em mim mesmo

E não consigo mais me encontrar

Alguém me dê a mão

Acenda uma vela

Aqueça meu coração

Me cante uma música.

Estou perdido em uma viela

No meu universo de confusão

Me leve pro céu

Me recolha do chão.

Me abrace e não diga nada

Passe a mão em meu rosto

Feche meus olhos

Me acompanhe na minha despedida.

Daqui a pouco, meu Sol vai parar de raiar.


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