E agora que não temos mais o Rei do Pop??




Boa parte da geração que mais me inspirou musicalmente está viva. Excessão feita a alguns ícones que eu já havia concebido como mortos, como Marvin Gaye, Elvis Presley, entre outros, Michael Jackson era um dos que eu jamais imaginava associar ao termo "morto".
Ao acessar a net na tarde de hoje, me deparei com algumas notícias de ataque cardíaco, coma, etc. Minha noção de imortalidade do ícone do pop me fez pensar em fofocas, mais uma das muitas que circulam sobre o cantor, boa parte delas alimentadas pela reclusão a que o próprio de submetia. Mas cá entre nós, ele podia ser recluso, ele podia ser quem quisesse. E mais, depois de tudo que fez, desde os passos incríveis ao sucesso imbatível, ele nunca mais precisaria provar nada a ninguém.
No carro, a caminho da rádio, a notícia foi deixando de ser fictícia e caindo como uma bomba na minha cabeça. Bandeirantes, Globo, 105, CBN, Estereosom, 92FM, todas falavam o que eu não queria ouvir. Mas ainda assim era inacreditável. Ainda havia a esperança, afinal embora noticiada, a morte ainda não estava confirmada. Como isso? Michael Jackson morto??
Trabalhar em meio a expectativa de que tudo fosse mentira, engano, foi um desafio. A cada minuto, porém, a verdade se pintava no triste quadro. Ás 20:30 vem a confirmação da morte e entra meu clichê: "O mundo caiu".
Até agora não consigo conceber essa realidade, por mais que sites, rádios, tv´s e outros meios divulguem os detalhes da morte. E pra falar a verdade, nem sei o que dizer nesse momento. Talvez a única coisa que posso expressar, como verdadeiro admirador de Michael, fato que se comprova pelos inúmeros MD´s, CD´s e discos que possuo do cantor é que jamais Michael Jackson morrerá para mim.
Descanse em paz, junte-se a outro ícone, James Brown e nos aguarde aí no céu, Rei do Pop, ícone de minha geração.
Ainda há Daryl Hall, George Michael, Elton John, Gladys Knight, Whitney, Celine, Fábio Jr, Gal, Fafá, Marisa Monte, Marina, Ana Carolina, Lionel Richie, Rod Stewart, Mike Hucknal, Simon Lebon, Sammy Haggar, David Lee Roth, Milton Nascimento, mas a perda de Michael é algo inacreditável, inaceitável e um fato de muita tristeza, algo incrível de se sentir em relação a alguém que nunca vi pessoalmente, que não é da minha família, mas que tanto fez parte da minha estrada nessa vida. Fico pensando no timbre de voz de Michael e é triste pensar que ele nunca faz o produzirá por aqui.

Por outro lado, é engraçado analisar que, as mesmas pessoas que ajudaram a tirar sarro das mazelas financeiras e pessoais do cantor, esquecem tudo e aparecem com "carinha de coitados" na televisão. A vida é muito engraçada e certas atitudes são patéticas mesmo. De onde estiver nesse momento, Michael deve estar rindo disso, eu estaria...