Verso Danielano (Inédito)


Olá pessoas queridas, aqui mais um Verso Danielano pra vocês


eu tentei tanto te confudir
com frases desconexar
para te fazer de mim desistir
de me seguir.
Te envolvi em redemoinhos de dúvida
em gritos abafados de súplica.
Segui por caminhos que não falei
dobrei esquinas
tantas que nem sei
me destrui em furações 
de sensações
que nem sei porque criei.
No final
tudo que sobrou
foi um monstro auto-portante
feito de um monte de implantes
que se alimenta de nada além de ilusão.
É parte do tudo que sou,
do tudo o que você acha que sabe de mim.
No fim
somos só eu e a mais pura realidade.
A verdade
é que tudo foi uma cria
que, crescida,
nos daria liberdade.
Estaríamos livres um do outro
Distantes no tempo
apesar da saudade do corpo
e do sentimento.
Porém tudo que eu não consigo
é livramento.
E essa cria
é uma armadura fria
da qual não tenho mais como me livrar.
Uma parte de mim
sonha em sempre com você poder estar
outra tenta renascer a cada dia
procurando em cada mulher
um pouco do brilho do seu olhar
ao menos uma fração
da sua intimidade amada
que conseguia tantas vezes me libertar.
Parece que a vida só valerá a pena
se você estiver aqui
para me amar.

Marie Vencedora

Marie Fredriksson é uma sueca de 54 anos, nascida no dia 30 de Maio de 1958. Ela é conhecida como a parte feminina de uma das mais famosas bandas do período final da década de 1980 até o final da década de 1990, o Roxette. Marie contabilza o status de uma das melhores intérpretes de sua geração. 
Marie Fredriksson e Per Gessle, do duo sueco Roxette - Fonte: Site NE10

Mas o que marca mesmo a vida dessa sueca, casada e mãe de dois filhos é capacidade de lutar pela vida. Em 11 de setembro de 2002, Marie, após uma intensa seção de preparação para uma então nova turnê do Roxette se sentiu extremamente cansada e com a visão do lado direito ofuscada. Em entrevistas posteriores, ela achava se tratar apenas de cansaço. Foi dormir, acordou bem e ia tomar banho. Ela desmaiou no banheiro, bateu forte a cabeça, sofrendo uma concussão. Exames indicaram que ela tinha um tumor cerebral na parte de trás da cabeça. Só depois de esperar várias semanas até se recuperar dos ferimentos da queda é que ela pode tratar o câncer. Marie passou por uma cirurgia bem-sucedida para remover o tumor. Em seguida, ainda enfrentou meses de quimioterapia e radioterapia, fatos que somados, provocaram em Marie alguns danos permanentes ao cérebro, e outros recuperáveis, como a capacidade de ler e contar, a visão no olho direito e os movimentos do lado direito de seu corpo que foram afetados. Em 21 de outubro de 2005, Marie declarou, após dois anos de retiro da vida pública, que estava curada e melhor, saudável. Em 2009 o Roxette retomou as atividades e, desde então já apareceu aqui no Brasil por duas vezes. A experiência da doença virou um CD, o primeiro solo de Marie em inglês, chamado The Change, Hoje Marie caminha e se movimenta com uma pequena lentidão, a doença a envelheceu mais que o normal para uma mulher de sua idade. Mas o bom é que graças ao talento vocal, Marie consegue ter o mesmo desempenho sem aquele compromisso de chegar às mais notas altas. Mesmo porque ela não precisa disso. Marie Fredriksson é uma guerreira em todos os sentidos. Seguem dois vídeos de Listen To Your Heart de 1988 e um mais recente, da mesma música em 2012, no show realizado em São Paulo. Vale a pena...



Verso Dessa Quarta (Encomenda)

houve um tempo
em que eu vivi em função de palavras
elas me iluminavam
traçavam meus passos
iluminavam meus caminhos
apertavam meus laços
balizavam meus sonhos
me guiando em seus pergaminhos
para mim, a palavra era invariável
tinha como único adjetivo a imutabilidade
a capacidade
de ser de verdade
sempre
uma sequência inevitável
assim que ela saísse da boca de alguém.
Porém
à duras penas
sofri para ver que não é bem assim
Demorou para perceber
que as palavras são camuflagens
e muitas das vezes fazem sofrer
escondem a mentira
por trás das mais belas paisagens.
E ás vezes nos leva toda uma vida para entender
Como o vício de mentir
pode ser tão absurdo
como as vezes
não preferia existir
ou menos ser surdo
Talvez isso aconteça
para que adquira a capacidade de discernir
o bem do mal
o que fato eu mereça
e que separe o ruim
que a esqueça
quando meu coração insiste em ouvir
palavras que se desfragmentam
antes mesmo de alguém as proferir
Sigo questionando
o porque das palavras encenadas
o porquê da vida não ser linda como um conto de fadas

Verso Danielano Dessa Quarta - Véspera De Feriado

Obrigado pelos acessos e pelos comentários. Pra vocês e para mais ninguém, o verso danielano de hoje.



parece que o dia nasce
só para ela acordar
que os pássaros cantam
só pra seu despertar embalar
quando até a música do despertador
toca suave
parecendo lhe querer fazer
uma declaração de amor
Do sono de realeza
ela acorda
cuida de sua jóia
polindo o brilho do diamante
da presença única de sua beleza
sorri ao espelho
com a certeza
de que em breve
surgirá radiante lá fora
para os olhos entediados do feio e do agora
como a luz do sol
será a luz, a vida, a fauna e a flora
da vida dos poetas de plantão
que celebram no simples fato de lhe ver
uma oportunidade rara
de eternizar uma grande sensação
fato que só por acontecer
já nos faz imediatamente agradecer
ao dom divino da visão
se te olhar descaradamente
e de fechar os olhos
para os sonhos dominarem a razão

Verso Danielano Desse Sábado


Mais uma poesia de encomenda. Espero que gostem. Beijos e abraços a todos!


nessa soma de minutos que é nossa vida
nem sempre o tempo passa
quando se trata
de curar alguma ferida
e mesmo que ela não seja dolorida
não significa que possa ser esquecida
que esteja curada
Pelo contrário
você aprende a conviver com a dor
consegue disfarçar
ver e admirar um arco-íris
mesmo sem conseguir de verdade
perceber nenhuma cor
nessa soma de segundos
viajei por tantos mundos
consertei tantas coisas
e baguncei tantas outras
que em algum meio
me perdi
em alguma esquina
em algum momento que nem percebi
deixei meu coração e minha alma ali
num lugar em que talvez só eu tenha ido
já que ninguém me trouxa de volta nada meu aqui
num lugar distante
em que meu pensamento nômade errante
descansou por um instante
e que se desligou
permanecendo assim até hoje
não importa o que eu fale, grite ou cante.