Verso Danielano (Primeiro de 2013)

Olá amigos! 2012 foi um ano complicado.
Tive algumas dificuldade de colocar no papel novas emoções. A maior delas por medo. Medo da inveja, dos risos das quedas, de me expor demais ou me expor erradamente (embora já tenha admitido aqui que gosto de confundir um pouco as pessoas). Mas nunca medo de ser julgado. Disso, graças a Deus me libertei nesse ano.

Esse ano passado me trouxe muitas realizações pessoais que sonho desde quando era bem criancinha. E quem me conhece pessoalmente sabe do que falo. Por outro lado, me trouxe sustos, problemas de saúde e traumas que realmente me envelheceram além da cota anual. Isso se refletiu na diminuição de postagens aqui, e consequente num maior cerco às minhas opiniões e reflexões sobre coisas, situações da vida e pessoas.

Por outro lado não fiquei parado. Li bastante alguns poemas, letras de músicas e o mais legal foi que aprendi muitas formas diferentes e bonitas de gente que escreve excelentemente bem. 

Continuo garimpando música antiga, atividade que por sinal é uma das que mais me completa. Nada é melhor que pegar um disco antigo e masterizá-lo, mesmo com os poucos recursos que tenho. E descobri passo a passo o brilho da música americana e inglesa dos anos 50, 60. Descobrir, me apaixonar e me aprofundar no trabalho de Wilson Simonal. Coisas "novas" ainda não me atraem da mesma forma. 

Ainda não consigo curtir Jota Quest (gostei, muito, do primeiro CD deles e só). Maria Gadú e outras nem pensar (me desculpem mas não é do meu gosto). Sertanejo eu ouço profissionalmente, já que sou programador de uma ótima rádio popular, mas não é o que curto. Pagode da mesma forma, assim como funk e outros novos gêneros. 

Kate Perry tem letras boas e canta formidavelmente bem. Em "Wide Awake" ela claramente mostra que está de olhos abertos para não ser engolida pela indústria da música. Já me cansei de ouvir o estilo tenor de Adelle. Enfim, quem sabe uma dessas não me surpreende em 2013. Gosto de surpresas. 

Vamos a primeira poesia danielana desse ano. Foi feita agora a pouco, Está quentinha como pão recém saído do forno da padaria aí do seu bairro, rs.


Dizer não é o bastante
quando o agir
significa seguir adiante
mesmo porque quando se gosta
a emoção
é um coração
a bater de forma constante
há uma linha simples
que separa o gostar de verdade
do gostar simplesmente jogado aos ventos
o primeiro precisa de momentos
para se alimentar
tem uma fome insaciável
de bem estar
uma memória infindável
apenas para quem se está a gostar
o segundo é largado
inseguro, indefinido
sem alarde
morto, covarde
qual amor
se sustenta só por palavras
pode ser bonito
pode ser gostoso de ouvir
mas de onde ele tira sua energia
quando o estoque de palavras
de extinguir.
A distância para o amor de verdade
tem o gosto da dor
da infelicidade
é um arco-íris sem cor
em meio à poluição da cidade
é um dia nublado
de chuva e ar carregado
sabe-se que o Sol está lá
no conformismo
do abismo 
você se contenta com isso?