Recorde de Poesias Danielanas

Isso é obra das férias rsrs

amar
é colher as lágrimas de alguém
juntar numa panela
esquentar com sol
deixar evaporar
até virar arco-íris
amar
é abrir a fivela
alargar a gravata
esquecer a bravata
é fazer da vida um filme e ainda assistí-lo na sua tela
com pipoca e a luz de vela
é se permitir lapidar
ser o seu auto ourives
de uma jóia que está sempre a te iluminar
amar
é dar asas ao sentimento
é não ter paciência com o tempo
de poder dizer
poder gritar
amar
é acelerar o relógio
preencher com amor
o espaço da dor
e do ódio
é saber entender
que o coração
é a razão que tem que prevalecer
e o tempo certo
é ele quem tem que dizer
siga suas batidas
deixe seu coração te prescrever
pois se doer
é ele mesmo quem vai saber lidar
e você só vai saber
se realmente se dar a chance
e tentar
não seja uma coisa de lugar nenhum
e nem posse de ninguém
seja de você
do seu coração
pois assim será de Deus também

Poesia "Mais uma" Danielana

Existe algo melhor que te observar?
confesso
e segredo disso te peço
tenho uma verdadeira obsessão
algo íntimo
de querer sempre lhe agradar
parece que cada sorriso que me dá
me presenteias o mundo
que levo comigo aonde quer que eu vá
que me causa sempre boa sensação
algo bem profundo
que nasce no brilho do seu olhar
cada vez que te vejo sorrir
Se a época é de poucos sorrisos
como já vi
a solução é plantar alegria
mais dia ou menos dia
você terá fartura
para não passar o inverno de barriga vazia
a alegria perdura
aquece o peito
enfrenta a madrugada fria

Poesia Danielana

A Amizade é algo muito belo. Conservá-la é mais que um dever...

dizem que não escolhemos nosso destino
dizem que não escolhemos
nem mesmo se seremos
menina ou menino
assim
pelos mesmos fatores
não escolhemos nossos amores
assim como nossos pais
nosso perfil
ou se gostamos mais do rosa
ou do azul anil
e nesse mundo sem fim
me dizem tanta coisa
que, dificilmente
me recordo de quem as diz
porém quando te conheci
parece que marquei o início com um x
guardei esse momento
e guardei cada palavra
cada foto que vi
cada conselho
que as vezes me revelava mais que meu proprio espelho
e eu sei da dívida que tenho com você
pois muitas vezes você me deu o chão
tirou os espinhos do meu peito
ressucitou meu coração
sentistes a dor do meu sangue como se fosse seu
levastes meu corpo nas costas
como se fosse teu
quantos dilúvios de minha alma
seu carinho secou
quantas secas da horta da minha vida
seu cuidado comigo irrigou
e mesmo assim
eu sou o mesmo ser
cheio de defeitos
exaurido
desesperado
sofrido
as vezes desenganado
de todos os jeitos
agradeço seu apoio
de uma forma que tudo se direciona
a um imenso muito obrigado

Aprendendo e lendo nos blogs por aí

Encontrei o fantástico Blog Degrau Cultural, que postou uma bela poesia de Paulo Leminski que, respeitosamente reposto aqui. Parabéns aos autores do Blog Degrau Cultural

Escrevo. E pronto.

Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

Paulo Leminski