Olá pessoal. É com imenso prazer que apresento mais um verso danielano inédito.
Agradeço de coração aos e-mails, às mensagens de incentivo para a manutenção do blog e a todos os questionamentos em geral. Em nome de vocês escrevi essa poesia. Tenho tanta coisa guardada, mas nesse momento da minha vida, acho mais justo fazer uma poesia nova e postá-la. Eu espero que todos gostem, na mesma proporção que eu gostei por voltar a escrever após um tempo tão grande de ausência. Após a poesia o clip de uma música da Banda Acqua, chamada Turn Back Time, que não tem muito a ver com o verso danielano, mas é uma grande música. Beijos e abraços a todos! Obrigado pela espera!
Há palavras que eu nunca mais irei falar. Há olhares que jamais vão conseguir me observar. Retinas invasivas em uma série de emoções permissivas. Pois esses olhos estarão sempre tão longe de tudo, onde o som não será nada além do mudo. E as lembranças serão apenas o tudo que se poderá carregar. Existirá sempre uma parte que ainda irá clamar pelo seu toque. E que vai lamentar por meu coração ser somente mais um em seu estoque. Que sentirá a distãncia mesmo sem saber qual ela é. Haverá sempre o fantasma da andança na noite fria e solitária da lembrança, que vai te colocar no sonho junto de mim. Que vai bailar comigo em seu corpo na nossa dança. E que vai me deixar de herança um acordar dolorido, morto, sentido, como se tivesse sofrido uma recente mudança. Haverá sempre tanto de mim que nem mesmo eu saberei descrever. E que por consequência, talvez você nunca vá, ou mesmo se interesse em saber. Haverá sempre um sopro de alma que assusta e acalma, provando que há muito de você aqui mesmos sem saber há quantas milhas estás daqui. E talvez exista por aí muitos pedaços de mim espalhados em desejos e sentimentos órfãos e sem fim.