Poesia Danielana

faça de cada momento uma fotografia
e armazene o que achar de bom
na sua câmera digital
coloque toda a sua felicidade
numa bacia
e junte com tudo que não for comum e usual
porque na vida
o que contam são esses momentos
momentos de surpresa
de conjunção dos ventos
instantes eternos
de fé e beleza
misturando amores
odores
e sentimentos
o que te aquece
o que te move
o que te estica
é isso que fica
e isso não tem valor
mas mesmo assim enriquece

Repostagem

Não somos o centro do universo. Estou repostando esse texto e o vídeo do Youtube, um dos campeões de visitas aqui no Blog. Ele mostra como somos pequeninos no espaço, em comparação com outras estrelas, das quais destaco Sirius e Antares, as minhas preferidas...

E para os que ligam repostar coisas do passado e coletãneas de poesias com uma possível despedida, eu digo que isso não tem nada a ver. Estou aqui e você aí, isso que importa...







Beijos e abraços

Mais um Flash Back.. Restaurante

Restaurante
Pois não, senhor?
Esse é o restaurante abstrato
Todo o sonho transformado em realidade
Representa valor maior ao seu prato

Self service, executivo
Pra sonhar não precisa ter motivo
Rodízio
Confiança e coração aberto são necessários no início

No final, sempre há quem pague a conta
O preço da insaciável experiência
Enquanto os esfomeados do lado de fora
Ainda estão na fila pelo privilégio da vivência
1998-09-18

Flash Back Poesia Danielana

Chuva
Suaves e fracos eram os pingos
Que de cima do guarda-chuva da moça caíam
Negras e tempestuosas eram as dúvidas
Que de baixo do guarda-chuva subiam
Em cima, o tempo limpava e os pássaros já cantavam
Embaixo, piorava e as lágrimas aumentavam
Escondidas atrás de um negro lenço
Que seu belo rosto envolvia e acudia
Perfume leve como um incenso
Ombros arcados escondidos, era o que se via
Envoltos por um casaco de negro denso
Entre várias pessoas ela caminha
Apressa os passos ao perceber que eu vinha
O sol volta a reinar
E toda a chuva e trovões
Dentro do guarda-chuva a desabar
Desaparece em meio à multidão
O frio da alma
Parece ser o único que acalma
A dor do coração
Tenha força, senhorita
Mãos agarram fortemente o vestido
A escuridão não a irrita
Escolheu sofrer sozinha
Por pior que a dor tenha sido
No silêncio das ruas
Ainda vejo dor e solidão suas
Entre sons de miados e latidos
Ainda podem-se ouvir bem baixinho
Seus sussurros e gemidos

14 de Setembro de 1998