Perguntar não ofende

Depois de ganhar do Vasco, na casa dos cariocas que estavam e ainda estão com a corda no pescoço, alguém imaginou que o São Paulo fosse patinar em casa contra o Fluminense? Pelo menos a torcida não. Ela fez a sua parte e lotou o Morumbi, crente no titulo, que viria independente do resultado do segundo colocado Grêmio, caso o tricolor paulista ganhasse do tricolor carioca. E o resultado ainda poderia ser pior, só não foi porque o atacante Washington perdeu um gol feito, logo aos 40 segundos do primeiro tempo. E agora o São Paulo tem pela frente o Goiás, em Brasília, no Bezerrão. Um ponto dá o título ao São Paulo.


Sobre o Cruzeiro, fica a frase do presidente do clube, que ilustra muito bem o desempenho do time fora de casa. Segundo ele, o time é um leão em casa e um gatinho quando joga fora do Mineirão.

Boa semana a todos....

E assim quiseram os Deuses do futebol

Um estádio lotado. Uma torcida ansiosa por um título. A cidade no clima de decisão. O time da casa com a vantagem do empate. Tudo isso fazia parte do espetáculo de XV De Piracicaba e Atlético de Sorocaba que aconteceu no Barão da Serra Negra, estádio que, há muito tempo não tinha tamanha presença de público - estimou-se em 19 mil pessoas o público total presente.
No início do jogo o susto logo de cara com o gol do time visitante. Perto do final do primeiro tempo o alívio, com o gol de empate. Termina o primeiro tempo. O XV amplia numa cobrança de pênalti, mas eis que os Deuses do futebol tornam possível o improvável. O time de Sorocaba empata a partida e, aos 48 minutos do segundo tempo, no crepúsculo do jogo, como diria o saudoso Fiori Gigliotti, faz o terceiro gol seguido do apito do juiz. E nesse momento os torcedores, 19 mil deles, produzem espontaneamente o silêncio mais sombrio no mundo do futebol, o silêncio das multidões. De repente a festa da minoria toma conta do estádio, a comemoração dos jogadores e da torcida visitante é que surgem em meio a narração em baixo tom dos locutores das rádios locais. O resultado tira do XV, pelo menos provisoriamente, o sonho de disputar a Copa do Brasil.

A Segunda-feira, dia de volta ao trabalho, será difícil para o piracicabano e, mesmo para mim, que aprendi a gostar dessa cidade e desse time, não é fácil. Estamos tendo a literal sensação do chamado "diagnóstico da cabeça inchada". Eis que os Deuses do futebol quiseram assim. Por essa imprevisibilidade que, em questão de um minuto pode nos trazer a felicidade plena ou a tristeza profunda é que o esporte é emocionante, fascina, intriga, apaixona. Torcemos por nossos times, nossos atletas, pilotos, jogadores, mesmo com o preço caro da derrota. Jogamos com nossas esperanças, preenchendo nossos vazios, buscando vencer, confiando que nossa torcida faça a diferença. São dedos cruzados, orações, tudo tendo na paixão pelo esporte a raiz de tudo.