Poesia Danielana

a dor de acreditar
qual o tamanho dessa dor
a dor de crer
de fazer um novo dia amanhecer
em que se esquece de tudo
e só se semeia amor
quando vem a chuva da mentira
e transforma em pedra barata
o que antes era safira
e como se mente hoje em dia
mente-se sem propósito
não seria mais fácil ir pelo caminho da verdade
independente da sua dureza
ou intensidade?
porque as pessoas falam tanto
e agem tão pouco
porque enganam e largam
deixam tudo tão solto
hoje não existe mais o compromisso
a palavra, e o cumprir da mesma
é algo muito difícil
alguns dizem que o sofrer é uma escolha
que fica complicada
quando se esta do lado de dentro de uma rolha
de uma garrafa lançada em alto mar
a dor de amar
te deixa assim
a mercê das marés
a agonia espera do fim
sem chão e sem pés
a próxima informação desencontrada
o próxima fábula
mal contada
a história de terror
que sucumbe
e atenta contra o amor

O que você prefere?

É incrível como mesmo ambos derrotados, brasileiros e argentinos continuam se engalfinhando. Pelo lado brasileiro, a super exposição das fotos do derrotado técnico Dyego Maradona parece um analgésico ao futebol frio e amarelado de nossa seleção no segundo tempo da derrota para a Holanda. Na análise mundial, a Argentina pode ser questionada por incompetência, prepotência, arrogância, mas não por falta de luta. E nossa seleção? E a postura dos técnicos nas coletivas? Há algo pior que um técnico ficar provocando um repórter, chamando-o de "cagão" durante boa parte da coletiva? Me refiro aos vocabulário sutil usado pelo técnico Dunga após o jogo vencido por 3 a 1 diante da Costa do Marfim. E os chiliques de Jorginho? - o auxiliar que mais apareceu em todas as participações brasileiras na Copa. Será que sua religião e sua devoção não ensinaram o valor do trabalho em silêncio?
Em campo, a Argentiva teve algum jogador expulso mesmo perdendo por 4 a 0?
O que é mais feio, mais preocupante? Derrota humilhante (concordo) por 4 a 0, mas com luta e chegada aos aplausos em seu país (como acabei de verificar nos sites a chegada da Argentina a Buenos Aires) ou a chegada cheia de confusão e xingamentos que aconteceu em São Paulo e no Rio de Janeiro por uma pequena derrota de 2 a 1?
Será que a indignação do brasileiro não residiu numa covardia da entrega de um jogo que a própria seleção entregou aos holandeses logo após o gol de empate? Qual reação o Brasil mostrou? Partiu para o meio dos holandeses ou entrou em desespero?
Pior que a postura da seleção, só mesmo a de certos grandes comunicadores modernos, como o Sr Luciano Huck que, esquecendo-se do poder de influência que tem, pois comanda um programa na maior emissora do país, despeja de maneira irresponsável e impensada toda sua ira sobre o treinador da seleção.
Atacar agora é muito fácil, mas será que sua emissora lhe deu a independência para falar isso antes? Ou ele só percebeu isso agora? Será que seu ego não lhe fez achar a voz de Deus antes de ser a voz do povo?
Sem contar que exigir desculpas não torna uma derrota mais fácil ou difícil de engolir. O próprio Luciano, no alto da sua arrogância, ainda deve uma desculpa pública ao SBT de Sílvio Santos, o grande mestre de todos os apresentadores (queira ele ou não). Para quem não se recorda, ele citou um programa da emissora de copiá-lo, como se todos os quadros do seu programa fosse originais. Que engraçado, o "Lata Velha" passava antes na MTV americana com o nome de "Pimp My Car". Há algo na TV ainda que seja original? Ele como homem da TV deveria saber mais disso do que eu. E quem criou algo original já registrou, isso é do conhecimento de todos.
Para o senhor Ronaldo, que felicidade deve ter sido não ter twitter em 2006, quando ele se apresentou mais de 20 quilos acima do seu peso ideal, algo que para um jogador como ele parece ser lenda. É mais um caso daqueles em que a frase: "Falar de fora é fácil" se encaixa perfeitamente. O bom é que agora a vida segue e o brasileiro passa a pensar em questões mais importantes como a análise séria de um candidato a presidência conforme seus interesses e anseios.

Quanta Saudade

Olá pessoal.
A saudade é grande em diversos momentos, assim como a correria e o acúmulo de responsabilidades. Em quantos momentos eu não acesso o blog e começo a digitar algo e paro. Bem, aproveito para escrever agora enquanto não surge "nenhum incêndio para apagar".

Sobre meus últimos dias, tenho a dizer que a vida vem me mostrando que o culto exagerado e maximizado a qualquer ser ou entidade é tão errôneo quanto a falta de fé. Colocar Deus em cada palavra não é o que importa em minha humilde opinião. De nada adianta venerar nosso Criador e colocar adjetivos pejorativos em outras pessoas, ou querer incessantemente mudar a individualidade dos outros através da pressão, da imposição, além dos conselhos de amigo e de irmão e de mãe.
Deus nos fez diferentes para que nos completemos, penso eu. Acredito que ter Deus no coração, mais que o blá blá blá, é atitude e não "Adjetivação". Se você tem Deus no coração de verdade, não é mencionando Seu nome a cada meia palavra, mas sim sendo um ser humano, melhor, um pai carinhoso, um filho agradecido e menos egoísta, mais cooperativo e humanitário com os outros. Ter Deus no coração é amar a todos os que ele criou, sejam eles velhos, simples, gordos, magros, etc, sem nojo, repulsa ou algo que vá nessa tendência.

Mas ainda assim, essa é apenas a minha opinião e o mundo é um tsunami de novas idéias e eu sim, me orgulho de estar aberto a novas. Mesmo porque jamais temi argumentações, pois acredito que sei falar, embora meus textos possam não ser dignos de menção em nenhuma Universidade e para mim, argumentação nunca teve conotação de briga, mas sim de evolução. Meus argumentos e idéias não são muros e sim pilares nos quais contruí minhas ideias e eu espero por muitos pilares nessa minha vida.

Mudando de assunto

A Copa premiou o modo europeu de jogar instituído por Dunga na seleção brasileira que, ironicamente foi eliminada por um time que joga da forma que os times da América do Sul jogam.

A partida entre Uruguai e Gana é daquelas que vale a pena você guardar em um DVD para mostrar aos filhos e netos. Inesquecível com fortes cenas de ação - é por um simples momento assim, que a cada 4 anos toda uma expectativa mundial se forma pela Copa do Mundo. Ai se o Brasil tivesse apenas um pouco da raça uruguaia.

Mais um assunto

Hoje na parábola do Sertanejo 92, cuja edição de sábado e apresentada por mim, o momento do Rei trouxe uma música linda, eternizada na voz de Roberto Carlos, chamada o Moço Velho, que eu faço questão de mostrar a vocês.

Ah, e independente de qualquer coisa, amo todos vocês


O Moço Velho

Roberto Carlos
Composição: Silvio César

Eu sou um livro aberto sem histórias
Um sonho incerto sem memórias
Do meu passado que ficou
Eu sou um porto amigo sem navios
Um mar, abrigo a muitos rios
Eu sou apenas o que sou

Eu sou um moço velho
Que já viveu muito
Que já sofreu tudo
E já morreu cedo

Eu sou um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
Mas não morreu tudo

Eu sou alguém livre
Não sou escravo e nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem
Que ainda crê no amor

Eu sou um moço velho
Que já viveu muito
Que já sofreu tudo
E já morreu cedo

Eu sou um velho, um velho moço
Que não viveu cedo
Que não sofreu muito
Mas não morreu tudo

Eu sou alguém livre
Não sou escravo e nunca fui senhor
Eu simplesmente sou um homem
Que ainda crê no amor