27 De Janeiro De 2012

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algumas ondas me trazem sonhos
outras levam minha esperança
com a maré
levam minhas pegadas
marcas da dança, da corrida
do carregar da fé
das cercas armadas
construídas
que me passavam um falso ar de segurança
a dor é sentida
a maré lava a alma ferida
desinfeta os maus pensamentos
tenta deixar a mente entretida
tenta não pensar no pior
não criar falsos pressentimentos
neuras, medos ou outros maus sortimentos
a onda da tragédia
é a mesma da salvação
leva o mal de mim
pra sua própria imensidão
e tira tudo que eu tenho
me deixa perdido em consolação

Vou Pedir Só Um Tempinho

A vocês queridos do meu coração que acessam esse blog. 
Tem uma fase pessoal muito difícil acontecendo e peço a compreensão e a oração de todos. Espero voltar, mas não sei quando. Espero poder falar de amor, de coisas lindas, espero poder levar algo de bom ao coração de cada uma das pessoas que acessa esse blog, mas por enquanto não consigo. E dói chegar a essa constatação, mas tenho que ser sincero. Tenho que lidar com a limitação do momento e ver lá na frente o que Deus me reserva. Aos amigos sinceros, meu muitíssimo obrigado e meu mais sincero pedido de desculpas.

Verso Danielano

Esse infelizmente não é de encomenda...


eu não posso falar
porque as lágrimas me impedem de dizer
me desculpe, eu consigo apenas escrever
enquanto deixo o caminho da respiração livre 
para o curso das lágrimas correr
ontem eu confesso
que morri um pouco
ainda estou anestesiado
meio baqueado
por tudo que nos ocorreu
do nada corre um lacrimejar espontâneo
algo inevitável e instantâneo
fruto de uma dor desesperadora
e pura
escrevo pra ver se tenho cura
escrevo para ver se minhas mãos expressam
o que meu peito ainda murmura
escrevo
porque minhas palavras não cessam
porque ainda tenho muito a dizer
porque mesmo escondido
tento não perecer
diante de um inimigo inesperado
que me deixou assustado
com uma cena que vira e mexe me vem
somente para me entristecer
Que Deus me dê a chance
de me curar
voltar a me sentir bem
esquecer
tudo que vi, tudo que não quero ver
que esse choro recorrente
se transforme em força
e mude o rumo
dessa treva intermitente