Poesia "Danielana"

Olá amigos, segue aqui mais uma poesia, essa tem tudo a ver com quem está de mudança rsrs

A poeira se acumula sobre os móveis

O ar circula pelos quartos vazios
A solidão ecoa
pelos cômodos vazios
Na casa que deixo
deixo sorrisos
lágrimas
indícios
de momentos em que não fui ninguém além de mim
Lástimas
De uma brisa que parecia não ter fim
Carregada de Lembranças
Onde gravei minha vida
Do modo apaixonado de viver
Da felicidade incontida
Que só essas paredes testemunharam
Das rezas, lamúrias e xingamentos
Que só elas escutaram
Quantas vezes as paredes brancas
não foram minha televisão
mostrando meu pensamento
na branquidez ou na escuridão
do meu imaginário telão
Por quantas situações,
seu silêncio não me disse tudo
e em outras
em que meu pensamento alto
contracenava com seu monólogo mudo
Nessas paredes me fiz homem,
voltei a ser criança
chorei
sorri e me envolvi na dança
da acústica dos sons da solidão
do silêncio quase absoluto
quebrado pelo bater do coração
Hoje deixo aqui mais que um cômodo
Mas uma caixa de segredos
Em que vivi e escondi meus medos e desejos
Que vão ficar eternizados aqui
Sonhos e pavores
Icebergs e ardores
de tudo o que vivi

Setembro de 2008

Além do que já tínhamos visto

O Observatório Gemini, na Universidade de Toronto, divulgou nessa semana a foto mais nítida possível de um planeta fora do nosso sistema solar. Ele orbita uma estrela bem mais jovem e ligeiramente mais fria que o nosso Sol, mas ainda suficiente para iluminá-lo e torná-lo visível. Estima-se que o planeta, que para os leigos define-se como a bolinha menor aí da foto, tenha em torno de 300 vezes o tamanho de Júpiter, ou seja, é imensamente maior que a Terra. Os cientistas também presumem que a temperatura nessa planeta seja altíssima, pelo menos para os padrões da nossa Terra. Ao todo, os cientistas já têm mais de 300 planetas fora do sistema solar catalogados dessa forma, aproveitando-se a luz de uma grande estrela vizinha. A foto é maravilhosa...



Tem dias que...

Tem dias em que nada parece se encaixar. Começa pelo sono que não proporcionou o repouso merecido, passa pela irritação do trânsito, o som da TV que irrita demais, e mesmo o canto dos pássaros nos faz pedir que eles sumissem dali. Parece que temos uma injeção eletrônica, que nos ajusta de tempos em tempos e, para isso ela nos faz passar por vários estados de emoções até encontrar o equilíbrio. Semana passada eu estava assim, mas ainda bem que o ajuste da injeção durou só um dia, porque estava chegando o momento em que eu não aguentava nem mesmo meu próprio respirar, isso sem falar a vontade de me xingar quando me olhava no espelho (rs). Passou, passou, calma, não precisa pedir camisa de força não. Beijos a todos!