Sequência da postagem anterior

 Como eu disse,  assunto rendeu. E gerou inclusive mais uma poesia. Vamos lá...


Existem dias em que nem abro minha boca
E eu explico o porquê
Não tenho o que falar, nem o que dizer
Não falo porque não ouvem
Não falo porque não comentam
Não prestam atenção.
Existem sempre outras prioridades
A TV, o celular, o cansaço
À frente da minha vocalização.
Muito do que penso e sinto
E até mesmo as besteiras
Ficam pelo caminho
Se perdem na vontade e na sequente falta dela.
Fica presa na garganta
E é engolida pelo esquecimento
Eu não gostaria que fosse assim, eu admito
Mas hoje eu nem tento
Parece que, sempre que tenho algo a dizer
Sou enviado para uma casa fantasma
Em uma viela
Sem ninguém para debater
Uma condenação
E um estranho paradoxo
Difícil de compreender
Mais um dia amanhece
E há tanto para não dizer
Tanto pensamento para se jogar fora
Tanto para esquecer...

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