Missão da Profissão

Dentre minhas missões - assim chamo as profissões que exerço, uma delas me felicita especificamente pela possibilidade de poder melhorar a vida de uma pessoa através da mediação do conhecimento.

Como vocês percebem, o fato de eu não gostar absolutamente de nenhuma rotina me ajuda a amar ainda mais esta "missão". Porque não há fórmula do bolo nessa área. Existem ações que levam a um acerto, mas para que este objetivo se concretize são necessárias diversar correções de rotas, alinhamentos. 

Outro desafio para mim é avaliar com a abstenção de julgamento pessoal. É uma tarefa dificil, ainda que sejamos treinados para isso. São "pedreiras" que eu e meus colegas de profissão temos pela frente.

É importante salientar que, embora sejamos orientados a não avaliar o aluno e sim seu desempenho em acordo com os norteadores que evidenciem a evolução do aprendizado, não somos super heróis. E uma das coisas que realmente me chateiam é quando aquele aluno que você tanto lutou para resgatar, de repente joga tudo para o alto e, sumariamente e inesperadamente decide abandonar um curso, após mais de seis meses de mediações, de conversas individualizadas, de cuidados e atenções personalizadas. É a sensação mais clara de ver todo um trabalho ir pelo ralo.

Alguns colegas pensam que o trabalho, ainda que incompleto, colabore para a formação do aluno. Mas aqui fica a minha dúvida: neste processo, quando um aluno decide abandonar um curso, será que ele ainda irá carregar algo que nutra a sua paixão por algum tema relacionado ao curso? Confesso que tenho as minhas dúvidas. E se o aluno nutre algo bom pela área, ainda que não enfrente situações que o façam largar o curso, como pode mudar tanto a ponto de terminar um curso quase ao final.

Mas estas respostas até agora não consegui obter. Porque jamais saberemos o que se passa pela cabeça dos alunos. O que eu tento fazer a cada vez que isso acontece é não julgar e focar no processo de ensino. Ainda assim, particularmente fico bem chateado e até triste, pelo trabalho que é perdido.

Por outro lado é esta corda bamba de situações que me faz gostar ainda mais da nobre missão de mediar o conhecimento dos que decidem começar e terminar um curso.

Obrigado Deus pela oportunidade!

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