Qual o tamanho do buraco dentro de você?

Enquanto o sentimento
Me implode
As lágrimas banham o caminho escuro
A cada segundo
Uma nova dor
Um novo velho lamento
Profundo
Uma nova enxurrada
No planeta de sensações
Tempo carrancudo
Chuvoso e repleto de vendavais e furacões
Arco-íris artificiais
Escondem os buracos negros
E todo o mal que ele faz
Alimentado pela desconsideração
Pelo sofrimento em solidão
Por todas as vezes que implorei
E percebi que isto foi em vão
Agora, é hora de construir um novo muro
De um castelo virtual
Que brilha externamente a cada olhar
Por dentro, correntezas
Queimam onde percorrem
E espalham dor e incertezas
Já é hora de interpretar
A pessoa que não sou
Desligar e assim me recarregar
Esquecer da desilusão
De achar que as coisas podem mudar
E de que, em algum lugar do mundo
Exista alguém que, verdadeiramente
Passe a se importar
Como o curso do rio
Com as mudanças entre o calor e o frio
Cuidando para que o copo esteja sempre meio cheio
Ao invés do meio vazio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário