O Lado Morrissey De Cada Um De Nós

Olá pessoal!

Bom estar aqui novamente! Na postagem de hoje aproveito para render minhas homenagens a mais uma das vozes que admiro intensamente na música. Antes que seja mais um na lista dos obituários do ano.

Dono de uma interpretação única, das personalidades mais influentes (ainda hoje) na Inglaterra. Crítico ferrenho, ácido e agressivo, irônico a ponto de ser jocoso. Um depressivo sem solução, polêmico e por essas e outras características autênticas: admirável: Morrissey.



A "metralhadora giratória de Morrissey" foi motivo de matéria até mesmo de uma das revistas mais conceituadas da música, a Rolling Stone (clique aqui e saiba dos 15 maiores insultos dele).

Apesar de não concordar na totalidade com suas afirmações, é inegável a atração que pessoas com poder - que falam o que pensam, exercem sobre mim. Não me importa se ele não tem a dose certa do que fala, mas sim ser autêntico. E tenho a certeza de que o mundo precisa de pessoas que falem o que pensam. 

David Bowie, outro cantor do qual sou fã, era um lorde. Apesar de também expor sua opinião, como no célebre caso de uma entrevista à MTV americana em que, antes de responder qualquer pergunta, diz: " Antes de responder, me responda você, por favor. Por que a MTV dá tão pouco espaço para artistas negros?" 


Morrissey é sua antítese. Dá pra imaginar que os dois fizeram turnê juntos na década de 1980? Na época, Morrissey se sentiu desprestigiado e "abandonou o barco". Os dois nunca mais se falaram desde então.

Tenho um pouco de Morrissey, sem ter o poder de influência que ele tem, claro. Fica sempre um cão raivoso dentro de mim, um dragão adormecido prestes a incinerar qualquer coisa que seja contra o que penso. E, como todo mundo (penso eu), nem sempre falo tudo o que penso. 

Aliás quando falo, só consigo ver olhos arregalados para mim, em total sinal de desaprovação, como se o tempo congelasse, como se matasse alguém por abrir minha boca. No meu caso, muito desse rompante vem de anos de silêncio quando criança e na adolescência. Com o tempo, percebi que engolir sapos é pior e fui desenvolvendo armas de defesa e de ataque (quando necessário). O que não me impede de ainda ser pego de surpresa em muitas situações. Para esses casos, a vingança. Me desculpem a sinceridade, mas todos em mais ou menos intensidade temos um pouco disso. 



Voltando ao Morrissey, (se tem uma noção básica de inglês, acompanhe sua entrevista a Larry King, na CNN, em agosto do ano passado) me admira ele ter tanto para descrever em músicas, sempre repletas de melancolias, desabafos, críticas políticas. Um turbilhão de emoções que em, alguns momentos soam pretensiosas e ofensivas para alguns credos, como na letra de "I have forgiven Jesus", traduzida por "Eu perdoei Jesus". Alguns o acham um velho que tenta através da polêmica se manter com um pouco de luz. O grande feito é que mesmo sem gravadora para divulgar seus trabalhos, "Mozzi" é sinal de show lotado aonde quer que vá, basta ver no youtube. 

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