Bate papo no Blog


Olá amigos!


Eu escrevo desta vez com o peito cheio de felicidade. E ele não cabe mais aqui no meu peito. Quem me acompanha, ao menos de maneira periférica, sabe o quanto difíceis foram os últimos tempos. Uma saída de um trabalho que parecia um divórcio e que me causou uma série de traumas, há 3 anos. Uma série de piadas de extremo mau gosto, terrorismo profissional que foram se acumulando em anos e anos de trabalho. Que acabaram por provocar um lado ruim, vingativo, depressivo.

Mesmo assim, nunca fiquei sem trabalhar. E sempre tive a crença que só o trabalho para me poder fazer voltar aos trilhos. Neste ano, a perda da minha mãe me virou totalmente de cabeça para baixo. Por alguns meses eu busquei no trabalho (ainda meu porto seguro) a forma de ao menos não deixar essa treva ficar rodeando minha cabeça. Mas ainda faltava eu me desafiar na mesma condição que estava quando pedaços foram tirados de mim. E eu topei enfrentar estes medos, focando no desafio e na tentativa (que poderia dar certo ou não) de executar as tarefas. É um paradoxo para mim, que nunca acreditei que situações poderiam ser revividas e mesmo que pudessem proporcionar novas experiências. Sem me cobrar, pude desenvolver meu melhor trabalho, espantando qualquer fantasma que me forçava a duvidar da minha capacidade. E chegar à essa conclusão me trouxe uma tranquilidade enorme.

Sobre isso, e sobre o carinho de quase 400 pessoas que se manifestaram na minha página do face, segue o verso Danielano, que também marca o retorno às postagens aqui no blog.

Existem sublimes momentos
Sim, e eu o vivi
Pelo menos uma vez
Ou mais alguma que não me lembre
Ou que não queira me lembrar
Não foi ninguém que me disse
Mesmo porque não acreditaria
Não precisou de ninguém além de mim para acontecer
Só bastou eu me ouvir e escolher o prato que queria comer
Não é conversão
Mudança de religião
Nem qualquer nova crendice
Nem um repente de redenção desesperada
Motivada
Por doença
Ou até mesmo alguma esquisitice
Não ouvi voz do céu
Nem vi anjos com olhares doces como mel
Eu me permiti sentir
Deixei pelo menos uma vez
De entregar pacotes das demandas profissionais
E me deu o direito de brincar
De trabalhar
E de pulo em pulo
De repente senti que meus pés estavam a voar
A leveza das nuvens
A brisa do luar
Fui sugado por uma nova dimensão
Me deixei levar
Segui voando
E mesmo no chão
Ainda não pareci despertar
Amanhã ou depois
É bem provável que aquela rotina deverá voltar
Ainda assim
O sentimento
Do toque de divindade
Tão simples e breve quanto um milésimo de momento
Parece que escolheu meu coração
Para abençoar
E isso nem mesmo a morte pode de mim tirar
Hoje posso afirmar
Que me senti invencível
Quando não me senti obrigado a vencer
Que me senti indestrutível
Quando não me preocupei em perecer
Por alguma conjunção de fatores
Talvez atingida graças a um estágio fora do comum de dores
Surgiu um analgésico Dele
Um supra sumo da alma

Uma força divina que fortalece e acalma

Um comentário:

Helena Rodrigues disse...

Enfrentar esses fantasmas que nos assombram não é tarefa fácil, mas necessária. É preciso seguir em frente. Boa sorte na jornada!

Beijos, Daniel!
Blog: *** Caos ***

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