Verso Danielano Dessa Quarta

Tudo está morrendo
As flores secando
O nível do rio descendo.
Tudo que antes fora um paraíso
Hoje não move mais nada
É um motor desligado
sem óleo, sem aviso.
Foram frutos que não vingaram
Luzes que se apagaram
do que parecia ser um farol de esperança
Uma forma incomum de destruir tudo
No agir da pior forma do mal
no coração de uma ex-criança
Que levou tudo
Jogou no caixão
e ainda cuidou do funeral
sem homenagem e sem sermão
o que mostra a fragilidade
do que antes fora forte
e hoje sucumbe
frente à uma maldade
que se tornou visceral
E que por alguma razão incompreendida
não se combate
Agora é tarde.
Só me resta levantar
Refazer as malas
e colher o que restou.
Economizar nas falas
E esquecer do que passou
É hora de recomeçar a viver de verdade
Por, quem sabe, alguém com quem
você possa realmente ter cumplicidade
que acima de tudo te deseje
e celebre cada dia a seu lado
agradecendo a todas as santidades.
Que seja referência em sua vida
E que não seja apenas um tampão
um curativo contra as intermináveis e colecionáveis feridas.

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