A Morte De Um "Boa-Praça"

Polícia investiga se Porsche com ator de 
'Velozes e Furiosos' participava de racha (AP e Reuters)

O mundo do cinema foi pego de surpresa com a notícia do falecimento do ator Paul Walker, de apenas 40 anos.
O ator interpretou o principal personagem em todos os seis filmes da série Velozes e Furiosos, que mostra motoristas que fazem verdadeiras mágicas com carros envenenados, despejando potência e audácia pelas ruas. Curiosamente, na vida real, foi um acidente automobilístico que levou a vida de Paul, que estava de carona no carro pilotado pelo seu amigo e sócio em uma instituição de ajuda a vítimas de tragédias naturais, no caso o evento era em prol das vítimas do Tufão nas Filipinas. Em causas que ainda vão ser investigadas, o carro de repente saiu do controle e se chocou violentamente contra um poste de luz e depois contra uma árvore. Não bastasse a batida, as chamas ainda tomaram conta do veículo. 

Paul Walker deixou uma filha de 15 anos e um histórico de uma vida sem polêmicas como exemplo. Engajado em causas humanitárias, o mundo perde um exemplo que destoa do que hoje se tem como ícone das novas gerações. Paul Walker, apesar de jovem, era o chamado "boa praça'. Cara que nunca se meteu em confusão ou ao menos nunca se meteu nelas publicamente. Atores colegas destacaram que ele nunca se rendeu à indústria de Hollywood, caracterizada pela necessidade de fazer filmes em excesso, mesmo com o sucesso de seu papel em Velozes e Furiosos. Não há registros de prisões, porte de armas, nem de drogas, agressões. Talvez por isso o ator tenha a admiração de todas as gerações e sua morte precoce e inesperada comova tanto. Ninguém imaginou que ele seria mortal. Eis a prova.

E o que podemos aprender com isso? Podemos desejar que a morte deste jovem ator não seja em vão. Paul Walker, que sua morte sirva de exemplo para todos nós, que diariamente cometemos nossas infrações de trânsito, colocando as nossas vidas e as dos outros em risco. Que acima de tudo, possamos cair na real, cientes de que não somos imortais e às vezes os erros são fatais. Mais que isso, que tenhamos consciência dos riscos que causamos diariamente pelas ruas e estradas do país. E analisar como encorporamos a lata de nossos veículos como uma armadura inviolável, o que nunca é verdade. A imortalidade pertence ao personagem de Paul, está em suas atuações marcantes e, principalmente no bom uso de sua imagem para fins humanitários. 

Descanse em paz Paul.

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