Esse seria um texto da despedida de Gabriel Garcia  Marquez, lúcido e consciente, nos seus últimos  dias de vida, vítima  de  um  câncer linfático. Porém, alguns sites polemizam se o texto é ou não de autoria do escritor, nascido em 6 de março de 1927, na cidade de Aracataca, na Colômbia. É sabido que ele é vítima da doença desde 2000, porém pouco se sabe do estado atual do escritor, que se aposentou no dia 1º de Abril de 2009.
 "Se, por um instante,
Deus se esquecesse de que sou uma marionete  de trapo
 e me presenteasse com um   pedaço de vida,
possivelmente não diria  tudo o que penso,
mas certamente pensaria  tudo o que digo. 
 Daria valor às coisas, não pelo o que valem, 
 mas pelo que significam. 
 Dormiria pouco, sonharia mais,
 pois sei que  a cada minuto que fechamos os olhos, 
 perdemos sessenta segundos de luz. 
 Andaria quando os demais parassem, 
 acordaria quando os outros dormem. 
 Escutaria quando os outros falassem 
 e gozaria um bom sorvete de chocolate. 
 Se Deus me presenteasse com um pedaço  de vida
 vestiria simplesmente
me jogaria de bruços no solo,
deixando a descoberto não apenas meu corpo,  como minha alma. 
 Deus meu, se eu tivesse um coração,  
 escreveria meu ódio sobre o gelo e  
 esperaria que o sol saisse.  
 Pintaria com um sonho de Van Gogh 
 sobre estrelas um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat 
 seria a serenata que ofereceria à Lua. 
 Regaria  as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos
e o encarnado beijo de suas pétalas. 
 Deus meu, se eu tivesse um pedaço  de vida!... 
 Não deixaria passar um só dia  sem dizer às gentes- te amo, te amo. 
 Convenceria cada mulher e cada homem 
 que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor. 
 Aos homens, lhes provaria como estão enganados
 ao pensar que deixam de se  apaixonar quando envelhecem,
 sem saber que envelhecem quando deixam de se  apaixonar. 
 A uma criança, lhe daria asas,
mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. 
 Aos velhos ensinaria que a morte não  chega com a velhice, mas com o   esquecimento. 
 Tantas coisas aprendí com vocês, os homens... 
 Aprendí que todo mundo quer viver no cimo da montanha,
sem saber que a   verdadeira felicidade está na forma  de subir a escarpa. 
 Aprendí que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão
 pela  primeira vez o dedo do pai,  o tem prisioneiro para sempre. 
 Aprendí que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo 
 para ajudá-lo a levantar-se. 
 São tantas as coisas que pude aprender com vocês,
 masfinalmente não poderão  servir muito
 porque quando me olharem  dentro dessa  caixa,
infelizmente  estarei morto"