Verso Danielano - Sim, eu estou vivo

Eu gosto de pensar
No que passou
No que vivi
Gosto de saborear
O doce sabor do passado
Beber o suave vinho 
Nesta imensidão
de recordar
O que ficou no passado
Perdido em algum lugar
Me desligo do presente
Mergulho na tempestade
Da máquina do tempo
Que meus arquivos invade
Acessa dados
Lembranças
Tropeços
Promessas não cumpridas
e andanças
E como andei
Não posso reclamar de ter vivido pouco
Pelo menos assim penso
Em algumas áreas fui bem morno
Em outras, bem intenso
Agora, sento na minha poltrona
E dela não levanto mais tão facilmente
Carrego o peso dos anos
O lamento das lágrimas que tenha causado
Porém, não me arrependo de nenhuma decisão
Tenha eu agido certo ou errado
Não me meço e nem me defino por intenção
Não dá para chegar a este momento
carregado de qualquer contradição
Sou o que sou
e o que vivi
Sem qualquer problema de aceitação
Nos meus circuitos
sempre teve muito fio
Precisando de conexão
Embora carregue o tempo
Por dentro ainda existe o mesmo furacão
Uma tempestade
Uma tromba d´água
Um dilúvio que me lava a alma
E me mantém centrado
Em paz com o que creio que seja meu por essência
Meu segredo sagrado
Construído na inocência
Com pitadas seguras ou nem tanto
de Indecência
É a lava do vulcão
É a renovação
de toda a minha essência.

Obrigado por esperar

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