Olá pessoal! Quero agradecer, de todo o coração às pessoas que de uma forma ou outra sempre passam por aqui. Não tenho como descrever como isso me felicita, mas sei sentir e acreditem, sinto de maneira intensa. Aliás, essa intensidade pode ser tema de outros papos. 

É complicado lidar com um poder (se posso chamar assim) de construir e ao mesmo tempo destruir o mundo e a si mesmo. E tentar não ser assim se reverte numa ansiedade sem tamanho, unhas que sempre foram intactas passam a ser roídas inconscientemente, a pele interna da boca sempre machucada (a mania de ficar mordendo a pele até sangrar), etc. 

Hoje, quando alguém me pede conselhos, já adianto que sou tão e até mais falho que a pessoa que busca algo de mim. Assim, me sinto mais solto para tecer meus comentários, mesmo que não seja uma referência prática do que eu falo (e deveria? - brasileiro tem muito disso, busca exemplos de luta e superação como motivacional). Mas isso é assunto pra uma outra postagem. 

A de hoje é mais um verso danielano. Eu o chamo de verso popzinho, pois não sai das entranhas profundas do meu pensamento rs. Fluiu muito fácil. Talvez não entraria num greatest hits (mas eu nem tenho livro publicado, porque faria uma coletânea? rs). Se fosse um disco, seria a música de trabalho. Se fosse um LP, provavelmente ficaria no lado B. Detalhe, quando gosto de um artista, as primeiras coisas que ouço dele são as chamadas músicas "lado B". Gostem de mim então? rs

Tanta coisa pode justificar
o bom humor
que deveríamos ter de manhã
A saúde que até aqui não nos faltou
mais um dia em que nossa complexa química funcionou
poder respirar sem pensar
poder se mover
sorrir
mais um dia pra lutar
é a única coisa que nenhum dinheiro do mundo pode comprar
pode até prolongar
mas não evitar
o poder ser e estar
existir
é o que Deus nos dá
a cada minuto
em todo o lugar
e mesmo assim
ainda há espaço para alguns buscarem a dor
o problema minúsculo
onde for
que justifique a cara feia
o olho inchado
o arco-íris sem cor
o orgulho inflado
o viver no automático
o dinamismo exacerbado
na rotina
no pragmático
no estático
no inevitável distanciamento
de todas as formas de amor

Nenhum comentário:

Postar um comentário