O Limite Entre o Postar O Que Sinto e O Que Você Busca

Olá pessoal!

Nos últimos tempos, recebi uma série de questionamentos a respeito do conteúdo de postagem aqui do blog.

Este blog nasceu de uma necessidade de postar meus pensamentos, análises, opiniões sobre os mais diversos assuntos. Com a correria diária, muitas vezes este meio se tornou a única fonte (sem exagero) algum para que eu desabafe (à minha maneira). 

A grande vantagem do blog é que, apesar de camuflar, esconder, confundir o tema sobre o qual quero escrever, a sensação de leveza pós postagem é enorme.

Similarmente a processo, um outro - nem por isso menos importante, envolve as pessoas que, mesmo anonimamente, acompanham meu blog ao menos semanalmente. Felizmente, muitas se identificam por uma ou outra postagem e isso gera vínculo. Sou professor e radialista e sei do desafio que é construir um público, ter eficiência na comunicação com ele, fazê-lo sentir-se melhor e que ao menos que não percam tempo lendo o que escrevo.

A você que lê atenciosamente cada palavra, saiba que devo postar mais. Se vou conseguir, não sei. O que é importante neste caso é ter a noção de que estou há pelo menos seis meses muito relaxado com o blog.

Também a você, querido (s) leitor (es). Nem sempre vou descobrir a "fórmula de Baskara" da vida. Nem carrego este peso em cada postagem. Nem nos meus mais visionários devaneios poderia imaginar salvar o mundo com minhas palavras. De volta à Terra querida - este blog nasceu com um propósito diferente (vide parágrafo 1).

Nessa associação entre interesse e produção, certamente ocorrem conflitos. E conflito significa frustração. E frustração significa leitores descontentes. E o que eu posso fazer quanto a isso? Dizer que lamento. 

Lamento por não escrever sempre as coisas bonitas, porque nem sempre eu consigo vê-las. Me desculpem se soo mal agradecido, se não consigo ver as coisas boas da vida em todas as vinte e quatro horas do dia. Aliás porque peço desculpas?

Desculpas por ser um Daniel que se enerva com as situações? Será que sou diferente do resto da humanidade? Ninguém, quando a "tampa estoura" dispara sua metralhadora? O engraçado é que boa parte dos que me criticam eram as mesmas pessoas para as quais disse, de uma outra maneira, as mesmas palavras que ouço hoje, porém sem análises pejorativas.

A vocês, se isso é decepcionante, lamento. Sou humano, preciso desabafar e enquanto este blog for aberto e eu tiver tempo, é pra cá que vou vir. Como eu gostaria de ter mais de um milhão de postagens para encher o mundo de positividade, um caldeirão gigante de alegria, mas sou só humano. 

E sou passível de todos os defeitos seus: ingratidão, raiva, tristeza, lamento, ódio, inveja, amor (em certos casos e intensidades) etc.

Não vou interpretar ninguém aqui. Não vou construir uma imagem na areia da hipocrisia e demagogia. Com mais ou menos defeitos, esse sou eu. Reflexo das experiências que tive, filho dos sentimentos que me fazem ter a sensação da vivência plena. 

Você ora? Caso não ore, como pode me aconselhar a tal? É claro que preciso ter mais Deus no coração - quem me acompanha mesmo sabe que eu mesmo já admiti isso em postagens anteriores. 

Porém, mesmo se orasse, mesmo se padre fosse, sempre teria uma válvula de escape (um diário, blog, analista, psicólogo, psiquiatra etc). Assim como você, que me analisa com tanta intensidade, também tem seus n defeitos. Eu nunca vou me silenciar aqui para dar a sensação aos outros de que sou grato (mesmo devendo ser) e que minha vida é um mar de rosas (embora seja em muitas situações).

Cada um sabe onde o calo aperta. Cada um sabe o que sente. Se isso é certo ou não, talvez só Deus possa saber.

Também me espanto com análises tão técnicas sobre meu perfil psicológico de pessoas que não tem a coragem nem sequer de se identificar. Eu também não entendo isso. Poderia chamá-los de medrosos? É desconfortável quando alguém te analisa por um ato não é?

Outra colocação um tanto interessante e que faço questão de responder (essa veio pelo zopim). Eu não quero "que a Terra gire em torno de mim". Eu não obrigo ninguém a nada, cada um vem aqui porque quer e quando quer. Há formas mais interessantes e eficientes de tentar fazer a "Terra girar em torno de mim". Quais? Nem imagino...

E também não quero ninguém disponível para mim o tempo todo. Caso quisesse também encontraria formas mais eficazes para assim sê-lo. Já desisti disso assim que comecei a trabalhar. A sair de um serviço a meia-noite, rodar quarenta quilômetros, chegar em casa, dormir, acordar às 5 para entrar em outro serviço às seis da manhã. Dormindo das 11 às 5 da tarde. Nem que quisesse, como acharia alguém disponível com essa rotina? Quem quer "rebanhos de escravos ideológicos" pensa tanto em si?

Finalizando e já que estamos "lavando os pratos" por favor, falem e mostrem a cara. Opinem, debatam, cara a cara (mesmo que virtual) que é a maneira que essa comunicação (que parte de mim) sempre ocorre. Mostrem a cara, mandem suas mensagens. Estou esperando vocês aqui. Isso é desafiador. Ou talvez esse blog não seja digno da sua identificação...

Um grande abraço e obrigado a todos!

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