Poesia

por mais uma vez
existe toda uma força
que não quer que eu levante
com a energia acumulada de um mês
ela vem radiante
com suas palavras queimam
com o combustível
da insensatez
mesmo assim
ardem
com sordidez
provocam a úlcera
e a acidez
e o que fica aqui é só dor
é só o que resta de mim
a palidez
de uma floresta derrubada
uma paisagem dizimada
que vira o carvão do pavor
o silêncio me carrega
mas desaba comigo
escorrega
pensa em se entregar de vez
afinal a língua é uma espada
que me fura e me pega
as palavras e seu poder
mudam a cor
doem pra moer
causam a mudez
de indignação
do questionamento da punição
e do que se fez
se as palavras são as lanças
as ofensas carregam o cheiro do sangue
e segue a dificuldade em caminhar
pois me sinto num mangue

2 comentários:

Fernanda disse...

Você tem uma grande ferramenta do bem em suas mãos. Tem sensibilidade rara, suavidade. Considero que tudo tem um preço, afinal o mundo sempre quer lhe colocar no mesmo patamar de visão que todas as pessoas. Se falamos em armas, o amor que você externa é escudo e você não precisa de nada além disso, nem de espadas, nem de lanças...

Fernanda - Campinas

Marjory disse...

Oi Amigo. Acabei de ligar na sua casa mas vc está por aí batendo perna...rrss... é q quando li esta peosia me deu uma forte vontade de falar com vc. Fica pra depois. Beijos!!!

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