Dezembro deveria ser Mês de Paz em Família


As vezes, nossa ãnsia por respostas nos leva a caminhos que nos deixam mais perdidos ainda. E estar perdido dessa maneira, também ás vezes, pode representar uma situação extremamente perigosa. Algumas pessoas tem verdadeiro pavor de conflitos e, diante dessa situação, é uma faca no coração saber e ver que algumas famílias, num mês de tanta inspiração e prometedor de planos, pensamentos positivos e possíveis alegrias, passam por brigas, que por si geram ofensas, dores causadas pela boca de outra pessoa. Se ao menos as famílias pudessem, nesse mês de Natal, pensar duas vezes antes de brigar, de ofender, fazer uma trégua... Mas o ser humano não muda, e como não há solução racional para uma situação assim (apenas saídas covardes), o jeito é engolir seco, como aquela bronca injusta do patrão, como aquela palavra falada na hora errada por um amigo, uma namorada, a esposa, ou mesmo os filhos.

Já reparou que as coisas vem todas como um rolo compressor e só param quando você está a beira da exaustão? Ou quando o efeito da coisa ruim parece ser assustadoramente eterno? A vontade é de gritar e sumir, mas isso não vai acalmar a dor. É muita decepção para se levantar da cama. A lágrima pesa demais nos olhos, além de algumas pessoas terem ainda a necessidade de ficar cozinhando a decepção, destrinchando e tentando entender o inimigo que ninguém vê, mas que machuca.

A solução acaba sendo sempre acovardar-se, calar a boca, chorar escondido, xingar baixo ou em pensamento. Afinal, é sempre de você que tem que partir a mediação, é sempre em você que tem que baixar o Espírito do Santo da Realeza da Paz Celestial. E tudo vai se somando assim, passam-se os anos, você vai ouvindo as borrachas e vai estocando na sua estima, não importa quantas toneladas você acumule. Mesmo porque, dane-se o que você sente não é? É assim que o mundo é. Esse texto, escrito por mim, vem da minha forma de observar: o mundo, as famílias dos amigos e os relatos dos mesmos sobre como tudo isso poderia acontecer sempre, menos nesse mês.

Hoje a vida humana é um tremendo inferno, um furacão de estresse, que já é contento ter um dia de paz; Mas custa sonhar com mês?

Eu chamo essas situações tristes como presentes de aniversário, porque inocentemente esquecemos tudo que nos é falado, em troca de uns abraços tolos nessas datas, das mesmas pessoas que nos machucam depois. Eu adquiri o hábito, que por sinal não é nada saudável de me lembrar constantemente dessas coisas exatamente nesse dia. Não anoto e não preciso, mas quantas vezes eu lembrei e até mesmo expressei exatamente o que a pessoa me disse de ruim no exato momento em que ela me falava parabéns, ou me elogiava. E como vejo que muitas pessoas passam pelo mesmo, estou lançando a questão aqui e vocês me respondem. Ou que ao menos reflitam, sem preconceito, sobre como seria melhor ter respeito dentro do nosso próprio teto, diante das pessoas que mais são do nosso sangue, da nossa ninhada. E, sabendo que essa é uma nova realidade mundial e caminhamos, com isso, para sermos uma alcatéia, como esquivar-se de situações assim? Como blindar o pensamento?` Procurar respostas pode ser doloroso, como mencionei na introdução desse texto.

Beijos a todos e acreditem na paz, ela se multiplica só de pensar

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