Poesia "Danielana"

Olá amigos, segue aqui mais uma poesia, essa tem tudo a ver com quem está de mudança rsrs

A poeira se acumula sobre os móveis

O ar circula pelos quartos vazios
A solidão ecoa
pelos cômodos vazios
Na casa que deixo
deixo sorrisos
lágrimas
indícios
de momentos em que não fui ninguém além de mim
Lástimas
De uma brisa que parecia não ter fim
Carregada de Lembranças
Onde gravei minha vida
Do modo apaixonado de viver
Da felicidade incontida
Que só essas paredes testemunharam
Das rezas, lamúrias e xingamentos
Que só elas escutaram
Quantas vezes as paredes brancas
não foram minha televisão
mostrando meu pensamento
na branquidez ou na escuridão
do meu imaginário telão
Por quantas situações,
seu silêncio não me disse tudo
e em outras
em que meu pensamento alto
contracenava com seu monólogo mudo
Nessas paredes me fiz homem,
voltei a ser criança
chorei
sorri e me envolvi na dança
da acústica dos sons da solidão
do silêncio quase absoluto
quebrado pelo bater do coração
Hoje deixo aqui mais que um cômodo
Mas uma caixa de segredos
Em que vivi e escondi meus medos e desejos
Que vão ficar eternizados aqui
Sonhos e pavores
Icebergs e ardores
de tudo o que vivi

Setembro de 2008

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