Perder e Ganhar

Uma das músicas que sempre me vem à mente é a "You Win, I Loose" do Supertramp. 

Mas, mais que uma música que destaca os opostos entre duas pessoas, hoje gostaria de ir mais além. E que tal refletirmos sobre todas as pessoas que passam ou, no caso, passaram pelas nossas vidas?

Muitas pessoas me comentam sobre casos semelhantes: de uma pessoa que muda drasticamente de comportamento de uma hora para outra, que some ou mesmo continua próxima, mas totalmente diferente do que era. Se falamos de possíveis relacionamentos ou mesmo de amizades mais intensas ou coloridas, esses comportamentos são fáceis de entender e passam longe das desculpas (quando existem) de que aquele que abandona está num momento difícil, que está perdido(a). 

Na verdade, na grande maioria dos casos, a pessoa sabe muito bem o que quer, se é que já não tenha o que quer. Do lado dela, entendo que seja difícil chegar à outra e dizer "Olha, nós já saímos e não vejo mais razão para olhar na sua cara" ou "você foi tão decepcionante, que decidi partir para outra". Ou, "você é uma boa pessoa, mas eu quero uma pessoa má neste momento" e a clássica "sou comprometido (a) e vou voltar ao meu (minha) ex".

Nestes casos, o abandonado padece de uma dor muito grande. E pudera. Algumas iniciam uma caça à pessoa que a abandonou, afinal, cá entre nós, é difícil de entender mesmo como depois de tanto entrosamento, a pessoa simplesmente te descarte como um saco de lixo. É um duro golpe da estima, e afeta sensivelmente a confiança nos próximos relacionamento, quando não uma repetição do que sofrera simplesmente para sentir como é estar do outro lado. 

Quando enfrentei essas situações, me recolhia às pessoas mais próximas, como mãe, pai, e às coisas que eu gosto e ao meu maior companheiro: o silêncio. Sim, é momento de aceitar a derrota com honradez, não permitir que uma atitude de um ou uma "fdp" molde como você é e seguir em frente. É claro que causa revolta, é claro que o processo é lento. Assim como, é claro que em algum momento essa pessoa colhe o que fez, pois a lei do retorno é infalível e, apesar de sequer se lembrar do que fez, a pessoa que comete este tipo de deslize normalmente sofre de um vazio que nunca é preenchido. Isso explica porque em alguns casos, após um tempo, algumas pessoas voltam a se aproximar daquelas que abandonaram. O pior é que muitas pessoas aceitam este retorno. É o momento em que o relógio volta para a contagem regressiva de um novo abandono. Se a pessoa não teve a menor preocupação com você e te tem tão fácil a esse ponto, o que garante que ela não te fará o mesmo novamente?

Por isso, mais prudente é dizer um não sentido, do que se sentir tolo ou tola novamente por ter cometido o erro duas vezes. 

Dói demais se permitir a quem não lhe reconheceu o devido valor. Sentir isso duas vezes deve ser uma das piores sensações. 

BEIJOS e até a próxima!

Ah, abaixo a música a que me referi no começo da postagem...


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