Eis-me aqui de volta. E, prometo me esforçar neste ano. Se não conseguir ser zen, pelo menos vou tentar domar o dragão incontrolável que se alimenta da indignação, da injustiça e da falta de consideração.
O primeiro item que vou desacelerar é o observar. Olhos vendados é a atitude mais sadia para um homem de minha idade. Porém, o termo vendados ainda significa vendidos, derrotados. Preciso achar algo positivo nesse lance de fazer vistas grossas para quase tudo. Ainda hoje isso me soa como morrer em vida. Entregar-se à aceitação de um mundo com imperfeições que eu também como imperfeito que sou, tanto combati. Por outro lado, ultimamente a vontade de se exaltar diante das coisas vem dando lugar a um ser ainda nervoso, mas cada vez sem inciativa de se manifestar. Vou mexendo o furacão dentro de mim até ele se tornar incontrolável para que eu desapareça calmamente a ponto de nem sequer fazer barulho ao encostar a porta. É um tempo de revolução. De maior ou de alguma consciência de quem sou e como sou. Preciso disso pra viver. Preciso me tornar um novo ser.
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