Postagem De Estréia Em 2015

Olá amigos! Que bom que nosso Deus nos presenteia com mais um ano em nossas vidas. Que eu jamais seja ingrato pela saúde que Ele me deu durante todos esses trinta e oito anos. Que Deus me perdoe pelos momentos conflituosos em que mudo de opinião como quem troca de cuecas. É que às vezes, são tantos os pensamentos maltratando um corpo já cansado que uma infantil revolta toma conta de mim. Aí, tudo vira um deslizamento de terra e eu não faço nada para evitar que isso me atinja. Um desses momentos eu retrato aqui. Segue o primeiro verso danielano de 2015. E eu gostaria tanto de escrever coisas bonitas, enchendo os corações de vocês de esperança, mas me perdoem. 

Hoje eu preciso, mais uma vez, sangrar...
Um banho bem tomado
Daqueles bem demorados
Na esperança de limpar até a alma
Curar os machucados
No correr da água
Aos olhos fechados
Ao sair pra comer algo
Sou alimento
De todo e qualquer tipo de pensamento
Meu banho não serviu para nada
O som das pessoas conversando
O olhar perdido
Eu mesmo me procurando
O choro irritante
Da criança, mesmo que distante
É só mais um fator
Que me maltrata
Mais a cada instante
Parece que não sou ouvido
Ou talvez não saiba falar
Só sei sofrer um sentimento sofrido
Que luta pra me ver desabar
Um inimigo oculto
Que usa uma série de armas
Apenas para me debilitar
A fome some
O olhar se perde
Entrego os pontos
Sem ao menos lutar
Busco o lugar mais escuro
O sofá da sala
Sem ninguém
Além de mim e dos meus pensamentos
Seus arpões que me atacam à cada fala
Para me machucar.
O sono é a trégua
De uma guerra
Na qual eu só participo
Para apanhar
Ninguém entende
E nem tenho forças para explicar
Tenho muito sono
Uma vontade enorme de me desligar.

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