Verso Danielano

Olá amigos!

Estou de volta às postagens. Fase difícil de remédios, de desespero sem saber o que eu tinha. Um medo enorme de ficar impossibilitado de viver, mas não de morrer. Talvez envolto nessas últimas semanas de sofrimento com internações e graças a Deus, recuperações, tenha deixado meus sentidos mais aguçados para algumas coisas de nossas vidas. Esse verso fala um pouco sobre isso, a minha maneira. 

Quero aproveitar a oportunidade e desejar meu verso anterior, sobre o rádio, a um grande colega que partiu  ontem. Robson Filho, assessor de imprensa do Aeroclube de Piracicaba e competente locutor que trabalhou na Educadora FM (hoje Jovem Pan), Alvorada AM, Difusora FM, Onda Livre FM e depois na AM, TV Beira Rio, entre outros. Descanse em paz amigo, que foi um grande incentivador para que eu entrasse em rádio, quando eu era apenas um ouvinte.

Bem, vamos ao Verso Danielano de hoje. Espero que gostem:

Há uma luz perdida na distância
Há um lembrar esquecido
perdido além das memórias da infância
Existe dor do que não se viveu
Tem também a dor
Pelos motivos fúteis
pelos quais quase se morreu
Lembranças inúteis
que só servem para machucar
confabular
sonhos impossíveis
pensamentos inacessíveis
que ninguém iria acreditar
sussurros inaudíveis
marcas perecíveis
que o tempo não consegue fragmentar
um entupimento de "se"s
que congestionam o pensamento
corroem a alma
ferem o sentimento
O pensar demais cobra seu preço
e dele ninguém está ileso
às vezes de espera demais da vida
que a ideia de ser feliz
vira uma busca ineficaz
de se curar as feridas
Será que a vida é só isso
é plantar sonhos
e velar sorrisos?
Será que lágrimas
é tudo que consigo colher?
o que devo fazer?