De Volta Ás Postagens


Em alguns momentos da vida, as pessoas "iconizam" certas pessoas e passam a tomar essas como verdadeiro exemplo de vida e de sensações, entre elas o amor. Até aí tudo bem, desde que seja um bom exemplo. 

Bem pelo menos até o momento em que a vida te depara com outra realidade de pessoa. Uma pessoa diferente daquela referência, que pensa, age e externa sentimentos de uma maneira diferente, em alguns casos totalmente oposta. A sensação da balança equilibrada de um relacionamento qualquer passa a ficar totalmente pensa. 

Geralmente, as pessoas que mais estendem a mão em situações de dificuldade são as que menos ajudam têm quando precisam. Venho acompanhando casos de pessoas que estão nesse verdadeiro inferno e achei relevante voltar a postar exatamente falando sobre isso.

O grande problema de se ter uma referência é que a pessoa só se realiza totalmente se a nova metade da maçã for totalmente igual àquela idolatrada. E nesses trilhões de habitantes, a diferença é maioria. Eu entendo que o mundo prático de hoje demanda uma série de coisas, mas mesmo a mais fria das máquinas, ainda mais as acopladas a um motor precisam de um bom óleo viscoso para funcionarem perfeitamente, do contrário emperram. E qual seria o nosso óleo? Talvez e digo talvez, porque não quero e nem pretendo ser o dono da verdade, a tolerância, o amor (não só nos bons momentos), a compreensão e o apoio sejam importantes para que o nosso motor também não trave. Apesar de nadar contra a maré, vou morrer acreditando que o ser humano ainda vai quebrar essa automação sentimental e se permitir a sentir bons e velhos sentimentos vividos talvez apenas pelos nossos avós. E quanto maior a correria da vida moderna, maior deve ser o cuidado com o motor. O coração deve estar com o nível de carinho completo para a máquina rodar com segurança e, no caso de nós humanos, feliz.

Ah sim, voltando aos ícones e seus adoradores. A vida ensina que as pessoas são diferentes. A dor das separações ajuda a mostrar isso, mas é uma questão extremamente individual. Observo no meu ambiente de trabalho e mesmo no pessoal diversas pessoas que ficam eternamente buscando seus ex-relacionamentos em outras pessoas, caras e corpos, lutando em vão contra uma clarividente diferença que sempre vai existir.

É preciso estar com os dois pés no barco chamado relacionamento. É de fundamental importância que a pessoa que se proponha a viver de maneira digna, feliz e completa com alguém e se dedicar à uma nova pessoa, saiba ter olhos e atenções apenas para ela. Ainda mais hoje no mundo das redes sociais, em que dar uma espiadinha no face do (a) ex parece uma coisa tão "clichê", tão despretensiosa. Por mais que assim seja, o que soma em sua vida ficar querendo saber o que o outro (a) está fazendo se ele (a) não interessa mais a você? Fica até difícil de explicar o porquê dessa atitude e mais difícil ainda de acreditar em uma resposta que possa ser levada a sério. 

Pessoalmente falando, sempre quando iniciei um relacionamento, larguei todos os sorrisos, coisas boas e más de outros envolvimentos para trás, levantei a cabeça e segui adiante. Senti o gosto de novo e os gostos que não pareciam ser bons eu simplesmente disse não. Não procuro exaltar as qualidades de quem já passou por mim, pois se fundamentais fossem, talvez eu ainda estivesse com a pessoa ou ela estivesse comigo ou atrás de mim. É claro que bons exemplos ficam, mas tudo tem que ser entendido dentro de uma contextualidade de um fim quase mortal e portanto sem possibilidade alguma de retorno. É normalmente nesse ponto que você consegue facilmente "pegar" alguém que ainda tenha o vírus da idolatria no sangue. Mesmo que ela (e) descreva (m) com ódio mortal ou santidade digna de Jesus, sempre vão se referir à pessoa como algo que ela (e) (na entrelinhas) teve o imenso orgulho de viver.

São fantasmas reais em qualquer relacionamento e por reais serem, devem ser combatidos já que não foram evitados. Se é que posso dar algum conselho, externo aqui o conselho que dou a meus amigos. Se você não tem capacidade de se libertar do velho, não almeje o novo. Se você não tem capacidade de plantar um novo sentimento em seu peito, recolha-se a ser um parasita de situações do passado (que tem uma possibilidade muito grande de jamais acontecer) e celebre o que sua memória tem desses momentos já que eles são tão importantes. Acima de tudo, não envolva ninguém nesse rolo compressor, pois nessas pode existir uma pessoa de coração aberto e livre para se dedicar a você. 

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