Verso Danielano (De Encomenda)

Olá amigos!

Mais uma vez estou aqui para postar um verso de encomenda. Confesso que esse verso me propiciou a oportunidade de sentir as mais variadas sensações. 

Ela é dedicada a um amigo que enfrenta uma situação difícil. Esse amigo tem muito a ver comigo. Assim como eu, é uma pessoa que se entrega totalmente às paixões e, portanto, padece dos benefícios e malefícios dessa postura, indo do mais alto no céu ao mais profundo da terra.

Vem logo à minha mente a responsabilidade de escrever algo que, embora não fuja ao que foi pedido, também não arranque o seu coração pela boca (nem o coração de alguém que leia e se identifique com essa situação).

Em alguns momentos da minha vida, tive a sorte de encontrar os caminhos certos para sair de dores de amor que pareciam sem fim. Por isso tenho respeito por esse tipo de dor. É uma dor que cega, isola e, acreditem, mata. Não é minha intenção maximizá-la aqui. É como tirar uma fotografia de uma fera, a distância, ou fotografar o sol sem o uso de um protetor. Em ambos os casos, é uma força mortífera e imprevisível.

A outra sensação quer tive foi escrever sobre uma situação a qual me identifiquei muito e, certamente, já vivi em alguns momentos da minha vida. Com o tempo, mesmo encontrando novas pessoas e vivendo novos amores, penso que sempre fica aquela lembrancinha de alguém. Pelo menos muitos dos meus amigos relatam ter essa experiência. 

Bem, eu gosto muito desse papo pré-Verso Danielano, mas vamos ao que interessa: 

Vejo imagens de nós dois
de uma época que não mais vai voltar
Os toques, o carinho
as mensagens
que você me transmitia em seu olhar
Mesmo assim
há tanto que já não me lembro
como os motivos
que fizeram nos afastar
Tem uma dor
uma batida
Uma cicatriz
Do que antes fora uma grande ferida
Tem também o ardor
do seu corpo junto ao meu
Esse Sol, esse calor
ainda vive
Da subida vagaroza
do descer violento do declive
Na roleta russa de emoções
Sobraram sussurros
resquícios
de altas doses de paixões.
Ainda se lembra disso?
Sabe meu nome?
Lembra de algum momento
em que o mundo não importava
e só me importava ser seu homem?

Verso Danielano (De Encomenda)

Olá pessoal. Tudo bem com vocês?

Aqui estou eu mais uma vez, para minha felicidade e espero que para a de vocês também, pelo menos um pouquinho vai? rs

Quero agradecer aos últimos elogios das pessoas que visitaram esse blog e que também são amigos, sempre orando por mim. Aproveito o privilégio que Deus me dá de escrever para agradecer de todo o coração.

Zildete, Paulo, Drieli, Fabiane, Camila, Débora, (a) Dani. Agradeço a cada um de vocês sinceramente. O blog é bem diferente do Facebook, portanto a visita de alguém é algo que demanda uma ação além do simples acessar de uma rede social que é uma verdadeira febre.  

Segue o Verso Danielano de hoje, que por sinal é de Encomenda, mas é novinho. O primeiro tempinho que me sobra aproveito pra escrever e eternizar coisas. Isso é bem do ser humano mesmo. Deixar algo de bom, mesmo que ele não seja eterno, busca tornar-se através de alguma coisa. 

Abraços a todos!

Eu posso controlar meus sentimentos
eu posso e consigo me guardar
só não privo de guardar momentos
quando olho em seu olhar
são todos pedacinhos
fragmentos
da forma que tenho para te encontrar
te levo comigo
para onde quer que eu vá
sem censura, nem ressentimentos. 
Em qualquer lugar
tenho em minha mente sua foto
O delicado rosto apoiado na mão
O batom se destaca no olhar para o chão
O meu olhar te pedindo com o coração
Mandando ondas de amor
mesmo sem saber como será sua recepção
Amor que existe na expressão
no gostar de alguém
mesmo sem isso ter a mínima razão.
O amor nunca pertenceu às Exatas
Seria um desastre
De contas mal feitas
Tendenciosas
Gerando uma série infindável de erratas

Garimpando Músicas

Primeiramente quero agradecer pelas participações e comentários das pessoas. É muito bom poder ter este retorno de todos. Uma grata surpresa foi o retorno dos comentários musicais. Com 36 anos ouvindo música e garimpando coisa boa, é grande o número de coisas que tenho para compartilhar. 
Algumas pessoas questionaram o fato dessa análise de músicas ser mais abrangente na música internacional. Mesmo não sendo verdade, tenho uma justificativa plausível. Na época que ouvia os walkmans (estamos falando do rádio com fones que virou febre instantânea no começo da década de 80), o rádio FM ainda era fortemente influenciado pela música internacional. Era uma disparidade tremenda. Bandas de rock nacionais (Titãs, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Biquíni Cavadão, Capital Inicial entre outros) e alguns cantores populares (Guilherme Arantes, Marina, Lulu Santos, Gonzaguinha, Kid Vinyl) eram representantes das raras presenças nacionais no FM. Então por isso que na minha fase ouvinte-criança era mais fácil conhecer Paul McCartney, Michael Jackson que Ivan Lins, por exemplo. Não que Ivan Lins já não fosse famoso, mas para minha exposição na época, a tendência do rádio internacionalizado me influenciou mais. Na época se falava até em lei para as rádios irradiarem mais conteúdo nacional.

E hoje aproveito para falar de um dos nomes que citei aqui. Guilherme Arantes. Chamado por alguns de "Elton John brasileiro", Guilherme Arantes é um dos poucos pianistas reconhecidos internacionalmente. Sem citar maiores informações, Guilherme é um dos poucos reconhecidos como pianistas de uma tradicional escola de Nova Iorque, assim como Elton John. E eles têm mais semelhanças que o talento para tocar piano. Ambos colecionaram hits que mesclam a maestria das letras com um arranjo super organizado. São músicas fáceis de ouvir, gostosas de cantar e que, mais importante, não são apelativas. E quantos sucessos podem ser citados quando se fala de Guilherme Arantes. Planeta Água, Meu Mundo e Nada Mais, Coisas do Brasil (com uma inesquecível batida de Bossa Nova). Porém, além das músicas que todos conhecem, tem muita coisa de ótima qualidade que acabou não virando canto na boca do povo. E geralmente é desse tipo de música que mais gosto. Aqui vai a minha listinha de conhecidas de Guilherme Arantes que poderiam ser bem conhecidas ou mais conhecidas rs:

Gaivotas, Estrela Sensual, Seu Balanço, Férias de Verão (amo essa música), Oceano (idem), A Gente Se Sabe de Cor, Hora de Partir o Coração,Mania de Possuir, e um CD de covers americanos fantásticos, com destaque para Eu Queria Amor (Versão de My Cherie Amour do magnífico Stevie Wonder) e Trilhas. Para ilustrar um pouco essa coletânea de boas músicas do Guilherme, ainda que essas não tenham tanto sucesso quanto os inúmeros hits dele, aqui vai uma das minhas preferidas dele: Romances Modernos (letra fantástica, instrumentação perfeita, piano sem comentários).



Valeu pessoal! 

Verso Danielano Antigo Porém Inédito

Esse verso eu encontrei num bolo de papel que estava prestes a ir para o lixo.
É mais um dos tantos recheados de poesias incompletas, de lamentações pelo fato das pessoas sempre buscarem cutucar as outras, mesmo sem a pessoa alvo ter culpa do que se passou ou, ao menos na pior das hipóteses, nem saber em que errou. 

Para mim esse sempre foi um dos piores defeitos do ser humano. Porque quem gosta de verdade, faz. Amor é ação, quem me conhece, sabe que essa frase sempre foi meu lema. Amor não é ficar dando gelo para uma pessoa adivinhar que você está infeliz. Isso é infantilidade, não apenas no amor, mas nas amizades em geral também. Amor é orientar. Tenho certeza que alguém já leu que o amor é evolução. E você não evolui apenas convivendo com outro ser humano, mas ouvindo o seu próximo.

É infantil da minha parte para alguns. Poderia simplesmente ter pago na mesma moeda e pronto. Mas eu não consigo e por óbvio nunca consegui imaginar um relacionamento como coleção de brigas, friezas e outras coisas do gênero. Quando eu agi dessa forma, era porque aquele relacionamento já era para ter terminado. Acho que nesse contexto que escrevi essa poesia. Não me lembro em que situação estava inserido, mas presumo que seja numa situação parecida com essa. Para a situação atual, tenho amigos que enfrentam a situação e tudo que sei dizer é que você vê o rostinho tão lindo, o cabelo escondendo a beleza do rosto, enfim, entre tantos encantamentos, você não imagina o estrago que essa pessoa possa te causar.
Graças a Deus aprendi a filtrar essas coisas dentro de mim. Pra falar a verdade, nem me recordo qual era a pessoa "homenageada" na época. Mesmo porque o presente é tão bom que nem com a ajuda da poesia eu consigo me lembrar da situação que passou. E é assim que devemos ser. Devemos deixar as pessoas viverem suas vidas, e centralizar nossos pensamentos e foco em nós mesmos e em nossos objetivos e sonhos e em quem amamos de verdade. 

Porque o passado não volta e muitas das vezes, o que a gente apronta com o sentimento das pessoas permanece não como um trauma, mas como uma desculpa atual e sutil para você nunca trocar com ela uma sequer palavra. E não aponto o dedo a ninguém, mesmo porque nem sempre fui santinho, tanto que sei exatamente quem nunca tentar estender a mão na rua.

Falando do que interessa, achei esse verso muito interessante. Tem muito de mim ainda nele, poderia escrevê-lo hoje. É bom ver que ainda cultivo os mesmos pensamentos e análises.

Segue o verso danielano:

Você agride
meu corpo não reage mais
é você quem decide
Com que arma me ataca
quando e como faz
Do calor em forma grito
do ódio que quer causar atrito
Do frio que dilacera a alma
Das palavras econômicas
Simples, repetidas
nada randômicas.
Que querem mostram desdém
desinteresse por qualquer coisa
que a mim convém
ou faz parte.
De tanto sofrer com isso
parece que desenvolvi a arte
De não absorver nada de ruim que a mim vem
É muito prejuízo
Muita dor para administrar
E eu ainda
tenho tanta coisa bonita ao mundo para mostrar
Que a vinda dessas termo agressões
não vai nunca mais me abalar
Sei que isso irrita
Sei que parece que com isso
quero também incomodar
Mas na verdade
Só quero ser feliz
Há algo de ouro em você
Que eu ainda sei garimpar

Verso Danielano

Olá amigos!

Uma ótima semana para todos nós. Que nunca percamos a fé e que Deus siga nos dando saúde pra seguirmos lutando. Vamos ao verso danielano dessa semana.
Na corredeira das tristezas
Meus pensamentos
se perdem nas encostas
se chocam em meio às pedras
entre lágrimas sobrepostas
Deixem-me ir
sem chorar, sem sorrir
deixem-me seguir meu caminho
sem julgamentos injustos
sem cobranças e sem custos
que eu siga meu destino
e opte pelo que achar
independente do que encontrar
preciso seguir meu caminho
não tente me parar

Garimpando Músicas

Tive a grata felicidade de encontrar essa música não lançada do meu cantor preferido, Daryl Hall. Flashbacks é uma balada do mais puro soul moderno, com batidas fortes e um ritmo perfeito.
Desde a primeira vez que a ouvi foi impossível não me mexer ou ao menos bater os pés no ritmo dessa música. O motivo pelo qual ela não foi lançada ainda não sei, mas pelo vocal, parece que ela é recente, o que significa que ainda possa vir a ser lançada.

Só para relembrar, Daryl tem 67 anos e, assim como outro mestre David Bowie (que ontem lançou sua nova música após 10 anos de sumiço, "Where Are You Now") ainda tem muito a oferecer de bom.

Que privilégio ter os dois ainda com talento de sobra. Vamos conferir as músicas deles, começando por Daryl.




Verso Danielano (Primeiro de 2013)

Olá amigos! 2012 foi um ano complicado.
Tive algumas dificuldade de colocar no papel novas emoções. A maior delas por medo. Medo da inveja, dos risos das quedas, de me expor demais ou me expor erradamente (embora já tenha admitido aqui que gosto de confundir um pouco as pessoas). Mas nunca medo de ser julgado. Disso, graças a Deus me libertei nesse ano.

Esse ano passado me trouxe muitas realizações pessoais que sonho desde quando era bem criancinha. E quem me conhece pessoalmente sabe do que falo. Por outro lado, me trouxe sustos, problemas de saúde e traumas que realmente me envelheceram além da cota anual. Isso se refletiu na diminuição de postagens aqui, e consequente num maior cerco às minhas opiniões e reflexões sobre coisas, situações da vida e pessoas.

Por outro lado não fiquei parado. Li bastante alguns poemas, letras de músicas e o mais legal foi que aprendi muitas formas diferentes e bonitas de gente que escreve excelentemente bem. 

Continuo garimpando música antiga, atividade que por sinal é uma das que mais me completa. Nada é melhor que pegar um disco antigo e masterizá-lo, mesmo com os poucos recursos que tenho. E descobri passo a passo o brilho da música americana e inglesa dos anos 50, 60. Descobrir, me apaixonar e me aprofundar no trabalho de Wilson Simonal. Coisas "novas" ainda não me atraem da mesma forma. 

Ainda não consigo curtir Jota Quest (gostei, muito, do primeiro CD deles e só). Maria Gadú e outras nem pensar (me desculpem mas não é do meu gosto). Sertanejo eu ouço profissionalmente, já que sou programador de uma ótima rádio popular, mas não é o que curto. Pagode da mesma forma, assim como funk e outros novos gêneros. 

Kate Perry tem letras boas e canta formidavelmente bem. Em "Wide Awake" ela claramente mostra que está de olhos abertos para não ser engolida pela indústria da música. Já me cansei de ouvir o estilo tenor de Adelle. Enfim, quem sabe uma dessas não me surpreende em 2013. Gosto de surpresas. 

Vamos a primeira poesia danielana desse ano. Foi feita agora a pouco, Está quentinha como pão recém saído do forno da padaria aí do seu bairro, rs.


Dizer não é o bastante
quando o agir
significa seguir adiante
mesmo porque quando se gosta
a emoção
é um coração
a bater de forma constante
há uma linha simples
que separa o gostar de verdade
do gostar simplesmente jogado aos ventos
o primeiro precisa de momentos
para se alimentar
tem uma fome insaciável
de bem estar
uma memória infindável
apenas para quem se está a gostar
o segundo é largado
inseguro, indefinido
sem alarde
morto, covarde
qual amor
se sustenta só por palavras
pode ser bonito
pode ser gostoso de ouvir
mas de onde ele tira sua energia
quando o estoque de palavras
de extinguir.
A distância para o amor de verdade
tem o gosto da dor
da infelicidade
é um arco-íris sem cor
em meio à poluição da cidade
é um dia nublado
de chuva e ar carregado
sabe-se que o Sol está lá
no conformismo
do abismo 
você se contenta com isso?