Seriados

Não sou muito assíduo telespectador dos seriados, mas dois em especial chamaram minha atenção. 

Integrantes do Two And A Half Man, ainda com Charlie Sheen (sentado à esquerda)

No começo assistia o Two And A Half Man, com o papel principal ainda intepretado pelo ator Charile Sheen (Top Gang - Ases Muito Loucos). Esse seriado é por muitos anos o líder de audiência na tv americana e Sheen chegava a ganhar mais de 1 milhão de dólares por episódio. Acontece que as drogas, bebidas e visitas da polícia e ofensas gratuitas fizeram os produtores da série pensar num novo nome para estrelá-la. Ashton Kutcher, o agora ex-marido de Demi Moore (Ghost) foi o escalado. Pelo menos em minha opinião, a série perdeu muito. Ficou muito chocante em algumas histórias, a ponto de num dos episódios dessa temporada o personagem de Kutcher ir pra cama com a mãe de Charlie. Não que os episódios com Charlie fossem um primor de boa conduta, mas pelo menos as coisas não eram tão expostas como são com o novo integrante do seriado. Como resultado, deixei de acompanhar essa série.
Sarah Walker e Chuck - NBC
Ao mesmo tempo que comecei a acompanhar o Two And A Half, comecei a assistir um outro seriado. "Chuck" está em sua quinta temporada e conta a história de Chuck Bartowski, interpretado pelo ator de Alvin E Os Esquilos, Zachari Levi. Chuck acidentalmente recebeu um óculos que instalou em seu cérebro todos os segredos do governo americano. A NASA então seleciona dois agentes para acompanhá-lo. Entre esses, um dos agentes tem papel fundamental na história e no coração de Chuck, a bela Sarah Walker, interpretada pela belíssima australiana Yvone Strahovski. Ela o despreza por boa parte dos episódios até a terceira temporada até que.... (assista o vídeo clicando aqui e confira uma das cenas mais emocionantes de todo o seriado). 

Os dois seriados passam na madrugada do SBT, logo após o Jornal do SBT e na Warner Channel.

Vamos Refletir

Todo dia antes de chegar em casa, uns três quarteirões antes, passo com meu carro em frente de uma casa que sempre está com as janelas abertas durante o dia. 
Essa janela dá para o quarto de um homem jovem, mas que parece ter movimentos limitados ou nulos. E toda vez que vejo esse homem, me vem de imediato um agradecimento desesperado, imediato por poder viver com condições plenas. Imagino o porquê do destino confinar um ser humano, que passa a ter como única inspiração do mundo externo uma janela e o som dos pássaros e carros da rua. O medo de ter que passar por isso em alguma fase da minha vida me faz orar, mesmo dirigindo, para que Deus continue me dando essa saúde que tenho. Mas a inquietação persiste, por quê aquele homem, por que naquele estado? Penso no que se passa na cabeça daquele homem debilitado e mesmo na cabeça da família que se desdobra para cuidar atenciosamente dele. 

Talvez precise de mais maturidade para questionar menos e aceitar e entender mais. Embora isso pareça um sonho infantil, há algo dentro de mim que quer ver todos os seres vivos, pessoas, bichos, com capacidade plena de existência. 

Enquanto não tenho resposta para isso, e duvido que alguém tenha, procuro acreditar naquele verdadeiro clichê que afirma que "tudo tem um porque". Talvez ver aquele homem jovem naquela situação me chame a atenção para que em várias passagens de minha vida não dei o mínimo valor à capacidade plena que Deus me ofertou todos esses anos. Pelo contrário, em quantas situações de desabafo não ofertei a minha vida como se tivesse comprado ou mesmo como se ela fosse minha de direito? 

A minha irresponsabilidade com os remédios (me refiro ao fato de tomá-los fora de horário ou nem tomá-los), os problemas de saúde que tive e os que sigo tratando. E o mais importante, como passo a encarar esses pequeninos problemas de saúde meus perto de um problema de fato. 

Penso que Deus em sua sabedoria tenha me colocado naquele caminho para ver aquele homem e entender Sua mensagem. Assim como você que está lendo agora, pode começar a dar mais valor à vida após ler esse texto. E que tal fazê-lo a partir de agora? 

As minhas orações vão para esse homem, mesmo sem saber o que ele tem, o porquê dele estar daquele jeito. Com certeza, nem ele nem sua família podem imaginar que tantas pessoas irão conhecer sua história por aqui. Como "tudo tem um porquê", talvez agora seja Deus mostrando a vocês que a vida é um dom muito lindo para ser desconsiderado em meio à nossas manhas e mimos. Pode parecer estranho, apesar daquela situação me contenta ver aquela janela aberta todas as manhãs. É mais um dia que Deus nos deu, a todos.

Beijos e abraços a todos, de coração!